Ontem, pela Copa do Brasil, o GRÊMIO enfrentou o Palmeiras e eu não usaria outra palavra para definir a postura do time em campo: realmente “enfrentou” o adversário.
Esquema, escalação, atitude e resultado… tudo com cara de GRÊMIO. A forma como o Renato organizou o time e como os atletas colocaram em prática as orientações dele, acarretaram em um GRÊMIO que há um bom tempo ansiávamos, mas não éramos atendidos. Avanços agudos pelas laterais sem desguarnecer a defesa e o meio-campo e ataque com versatilidade e movimentação nas jogadas, surpreenderam o bom time do Palmeiras (atual líder do Campeonato Brasileiro). A sacada de colocar o Ramiro mais adiantado foi muito efetiva e a entrega do atleta, nesta posição e na maior parte do jogo, foi comovente.
Algumas coisas ficaram muito claras, após a apresentação de ontem. Comprovou-se que o vestiário do GRÊMIO se ressente – e não é de agora – de gerência, de foco, de convicção e de identidade. Não gosto de comparações entre profissionais, mas o Renato, com a simplicidade que o futebol exige, passou por cima do modelo enjoativo e ineficaz, imposto pelo Roger e suas teorias. Estudar é imprescindível, é o caminho fundamental para o crescimento intelectual e o sucesso na carreira de qualquer pessoa, em qualquer área. Mas não se pode achar que a teoria, sozinha, é capaz de sobrepor à experiência, à “cancha”, à malandragem. O Renato calou algumas bocas, ontem. E espero, verdadeiramente, que este GRÊMIO também cale.
Ontem foi um alento para nós, torcedores GREMISTAS, que pudemos sonhar novamente com uma taça. E ainda que não guardemos nenhuma este ano, é evidente a retomada do futebol que nos apaixona: o futebol FORTE, AGUERRIDO e BRAVO. Poder contar com a vontade de vencer, de quem está vestindo a TRICOLOR, é emocionante e revigorante. Em nenhuma fase do GRÊMIO, boa ou ruim (e lá se vão 15 anos) o GREMISTA abandona. Mas existe uma verdade no futebol; a descaracterização sistemática de um clube, por muito tempo, acaba por descaracterizar o seu torcedor. Daí a urgência de o GRÊMIO jogar mais vezes – todas as vezes – como jogou ontem.
Fiquei feliz com o GRÊMIO, ontem. Fiquei feliz por ver a combatividade, a entrega, a demonstração de que se pensou neste jogo e que se objetivou ganha-lo. Fiquei feliz que o torcedor, um pouco desconfiado ainda, comprou a ideia do técnico e teve a sua recompensa. Tudo esteve lindo; a torcida, a equipe e claro, o resultado. Muito bom ter expectativa, novamente. Muito bom te rever, GRÊMIO!