Neste segundo texto, seguimos com o debate sobre a Reestruturação do Dep. de Futebol.

Constata-se uma necessidade de profundas modificações quanto a forma e conteúdo de administrar e fazer futebol no Grêmio. A expressão choque de gestão não se aplica tão somente ao aspecto macro do clube, mas também, e principalmente, ao futebol que é o nosso negócio dentro de uma visão de Planejamento Estratégico.

Nesse sentido, diante do cenário antevisto, onde o diagnóstico nos apresenta vícios de natureza política, administrativa e também quanto a forma (ideia / concepção) de se pensar futebol no Grêmio, apresenta-se alguns tópicos de sugestões a serem aplicados emergencialmente no futebol, a fim de romper com o “modelo” não vitorioso dos últimos 15 anos.

  • Diálogo permanente com o Presidente do Clube;
  • Apresentação de relatórios e avaliação quinzenal ao Conselho de Administração;
  • O departamento deve seguir a seguinte estrutura:
  • 1 Diretor de Futebol – não remunerado, respondendo diretamente pelo departamento;
  • 2 Assessores do Diretor de Futebol – auxiliam e discutem futebol com o diretor e demais atribuições;
  • 1 Manager – profissional remunerado, subordinado ao Diretor de Futebol, encarregado da parte burocrática do Departamento e atividades que lhe conferirem;
  • Diretor, Assessores e Presidente dão as diretrizes e o ‘norte’ do Comando do Futebol. Manager / Executivo apenas executa aquilo que lhe for determinado. Portanto, encerrando a confusão que há no termo ‘profissionalização” do futebol, onde o Executivo tem ganho Status de determinante no comando do futebol;
  • A definição dos membros do Depart. de Futebol não deve seguir a critérios meramente políticos ou de conveniências eleitorais;
  • Aproveitamento / aproximação dos ex atletas do Grêmio, com história vencedora e identificados com o clube, fomentando sua capacitação e aproveitando seus profundos conhecimentos de futebol (olheiros com salário fixo e uma parte variável de acordo com o aproveitamento dos atletas indicados);
  • Integração com o Departamento das Categorias de Base;
  • Aproveitamento das Categorias de Base, buscando solidificar a geração de atletas vencedores criados dentro do próprio clube. Portanto, respeitando a história vencedora do Grêmio que sempre teve de 5 a 6 jogadores da Base nas equipes titulares em suas principais conquistas;
  • Atenção especial ao futebol do RS, que historicamente sempre rendeu grandes jogadores ao Grêmio;
  • Mapeamento do RS e divisão por regiões, onde serão colocados olheiros a buscar novos talentos e mesmo alguns jogadores já desenvolvidos – http://www.ufrgs.br/nutep/mapas/regioes_rs.jpe;
  • Buscar, da mesma forma através de olheiros, estar atento ao mercado do futebol cisplatino: Uruguai, Argentina, Paraguai e Chile. Tanto para jovens promessas, como para jogadores já desenvolvidos;
  • Firmar parcerias com clubes menores no interior do Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina. Exemplo da Argentina: Almagro, um clube argentino identificado com o Grêmio;
  • Reativar a parceria com o Frontale Kawasaky do Japão e abrir novas no mercado do Oriente com grande potencial de exploração  – ligação com marketing;
  • Criação de um time B (ou aspirante como se tinha na década de 90, sub 23), como muitos grandes clubes vencedores da Europa, para disputar campeonatos de segunda linha, e servindo como laboratório para jogadores ingressarem no time principal;
  • Projeto de naturalização de atletas;
  • Folha salarial vinculada a uma série de critérios como idade do atleta, METAS a serem conquistadas (títulos, posição em campeonato, passagem de fase), posição em que joga e imagem do atleta;
  • Busca de melhor relacionamento com os empresários em benefício do clube, procurando diversificar as relações;
  • Rompimento total, com os últimos 15 anos de decadência no futebol do Grêmio;
  • Política de futebol / Montagem de time / plantel de acordo com a tradição vencedora do Grêmio (objeto do próximo texto).

Na próxima sexta-feira o último texto.

Rogério Fallavena / Cláudio Medeiros / Jorge Flain

Por um Grêmio Forte, Aguerrido e Bravo

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7 respostas a “Reestruturar o Departamento de Futebol parte 2/3”

  • Boa!!

    Se me permitem, ainda acrescente um “pequeno” detalhe para as Categorias de Base:
    – 2 Diretores Gerais (coordenam todas as categorias)
    – 1 Diretor para cada categoria (subordinados aos Diretores Gerais e controlam sua respectiva sub)

    Assim, além de termos bastante monitoramento das Categorias de Base, começamos a formar futuros dirigentes desde o princípio, pois, desde a base, irão aprender sobre vestiário, derrota, vitórias, conflitos, trato com treinadores e jogadores, enfim, vão se preparando do dia a dia de um clube de futebol e, caso sejam afortunados de serem dirigentes dos profissionais, já terão experiência de sobra para isso.

    Grande abraço!!

  • Se me permitem a interpretação desse excelente texto, eu leio que precisamos “romper com o “modelo” CORROSIVO dos últimos 15 anos”. Abraços.

  • Penso q em qq modelo, mesmo no atual, o executivo tem de garimpar jogadores, além de propor soluções criativas. Sem a interferência de empresários. Suas propostas e descobertas têm de ser levadas aos diretores institucionais!

  • O Gremo poderia investir mais no CT da categorias de base, fazendo acomodações melhores para os jovens atletas podendo assim trazer jogadores jovens de outros pais…

  • Embora sem relação com o assunto, após mais uma noite triste para quem é verdadeiramente gremista (amigo conselheiro falou-me em depressão, eu tb), vim pensando, dirigindo-me ao trabalho: a incompetência de nossos dirigentes (desde meados de 1997) somada à desídia da maioria de nossos conselheiros , para este modesto sócio e torcedor, é quem tem apequenado o clube e indiretamente agigantado o nosso tradicional adversário. Sinto que o Grêmio vem servindo de “escada” (muleta) para o SCI. E o pior é que, quando penso que nada haverá mais para afundar o meu clube, eis que surge o CONTRATO ARENA, o qual foi aprovado pela imensa maioria do CD (não me recordo em que ano – 2008/2009?). Considerando que esse contrato deixou o Grêmio em situação MUITO PIOR do que após o “caso ISL”, pergunto: se o Grêmio tiver de pagar 170 milhões (entendo que nada mais devemos) para ficar com a ARENA, esse valor não deveria ser dividido pelos conselheiros que aprovaram esse “tratado”? Bem que o Prata poderia bancar essa idéia? Mesmo que não dê em nada (e não dará), pelo exporia a irresponsabilidade desses quase 300 conselheiro que puseram a “pá de cal” no clube!!

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