Assim como nosso já saudoso estádio., o capítulo final dessa série de homenagens ao Velho Casarão está chegando ao seu final.

O penúltimo relato é do integrante Paulo Fernando que vivenciou praticamente todos os setores do Olímpico: desde a maravilhosa Geral do Grêmio, passando pelas arquibancadas, até as cadeiras.

Comecei indo aos jogos no Monumental como grande parte dos amigos, levado pelo pai. Hoje sou eu quem levo meu filho, embora ele tenha ido apenas duas vezes, devido a idade, consegui apresentar nossa segunda casa ao Gabriel. Ver ele feliz e alegre lá dentro foi demais, indescritível. Este amor de frequentar um templo sagrado e nele vivenciar grandes momentos vem de berço. Amor se passa de pai para filho, e amor se tem por aquilo que nos faz bem, nos completa. Ele poderá chegar à escola daqui 15 anos e falar que um dia foi no Olímpico Monumental, aquele antigo estádio do Grêmio FBPA ali da Azenha, aliás, venho do Bairro da Azenha…

Amor, alegria, felicidade, emoção, vitória, amizade, raça, garra, vontade, determinação e ambição são alguns sentimentos e conquistas que para sempre ficarão guardados em minha memória, tantos jogos presenciados, setores que frequentei. Lembro chutar latinhas como se estivesse chutando a bola e fazendo gols imaginários nas sociais atrás do nosso reservado, lá embaixo na arquibancada. Lembro-me de quando fiquei gritando durante o aquecimento dos goleiros “Mazaroooooopiiii, Mazaroooooopiii” e quando ele olhou e me acenou. Aquela imagem pulsa em minha memória, felicidade pura para uma criança. Depois, lembro que me filiei a Torcida Jovem em 1992 e, no intervalo, tinha que ir até a divisória da Geral com a Social apenas para dar um “oi” para o meu pai e dizer que estava tudo bem. O tempo passou, voltei para as Sociais, sempre de pé atrás do reservado adversário fazendo minha parte de criar o clima tenso pra eles. Aqui no Monumental o clima tem/tinha que ser assim para quem nos visita, SEMPRE! Nasceu a Geral e, como não poderia deixar de ser diferente, me juntei aqueles caras que não paravam de cantar junto aos trapos, bandeiras, bumbos e barras. De um tempo pra cá, voltei para as sociais do Olímpico e adotei um novo lugar, atrás do gol, divisória com a Geral, junto ao placar eletrônico.

Nesse lugar, verei amanhã o fim de uma era, o fim de uma história, o fim de uma série de glórias, o fim de parte da minha vida e a de todos nós e também verei o começo de uma nova etapa. Será com certeza um duro golpe, difícil mesmo vai ser querer sair de lá, acredito que segunda, se deixarem, ainda alguns estarão por lá. Jogos memoráveis presenciamos no Monumental e neste momento temos que agradecer poder ter vivido cada segundo esta história. Lembrar de um Grêmio x São Paulo 1981, Grêmio x Penarol 1983, Grêmio x Sport em 1989, Grêmio x Palmeiras 1994/95, Grêmio x Corinthians 1994/01, Grêmio x Atlético Nacional 1995, Grêmio x Portuguesa 1996, Grêmio x Flamengo 1997, e todos aqueles outros jogos que não valiam título e se fizeram importantes na nossa história dentro de casa e aqueles jogos que fomos somente pela camiseta não são menos importante, por um motivo, era o Grêmio jogando em casa, nosso dever era de estar lá, se jogasse no céu, morreria para te ver, enfim, tantos momentos inesquecíveis me vem à mente,…

Amigos verdadeiros, amigos de longa data, amigos de fé, amigos de bar, amigos de jogo, amigos de “bancada”, todos gremistas, amigos gremistas!! Amizades criadas e enraizadas dentro do Monumental, histórias de vida presenciadas, o Monumental foi, é e sempre será um palco de grande espetáculos e nós a plateia de amigos unidos por este ideal e sem deixar de falar dos gremistas lá do céu, cantam comigo,…

Hoje certamente é mais uma véspera em nossas vidas e amanhã O DIA. Só que, ao contrário das outras vésperas e de outros dias, mexe com sentimentos que uma pessoa normal não entende. Quis o destino que encerrássemos nossa história dentro do Olímpico contra eles, pois bem, mostraremos que podemos mudar o destino das coisas impondo nossa vontade porque aqui é Grêmio, aqui é Olímpico Monumental, aqui sempre foi e sempre será nossa casa, aqui todos levaremos boas lembranças, aqui todos fomos felizes, aqui todos fazem acontecer, aqui todos sempre vão te amar incondicionalmente, aqui todos vão pela camiseta. OLÍMPICO MONUMENTAL pra sempre, todos os caminhos amanhã levam ao Monumental, que vai ser mais um carnaval e com nossos trapos e nossas bandeiras, te seguiremos sempre aonde for.

PS1. Não perca seu tempo tentando dormir hoje, você não conseguirá!!!

PS2. Na manhã desse sábado, a partir das 9h até as 11h, tem o último treino, compareça, viva o momento!!!

PS3. A noite tem a corrida, vá nem que seja para dar apoio moral aos amigos, compareça, viva o momento!!!

Paulo Fernando Oliveira Filho
@paulinhonando

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2 respostas a “6/7: “A véspera””

  • Bah! Eu só fui me dar conta depois que li o comentário no Facebook…

    TODOS os parágrafos terminam com uma letra que cantemos no estádio.

    Parabéns, Nando!!

  • ALGUEM AMANHA , por FAVOR FACA 1 FAIXA PARA ( AGRADESCER ) O HELIO DOURADO NO JOGO antes ok ! EM NOME DE TODAAAAAAAA TORCIDA / SOCIOS ok ! frase == MUITO OBRIGADO HELIO DOURADO , OS 8 MILHOES DE GREMISTAS DO MUNDO TODO LHE AGRADESCE PARA SEMPRE !!!!!!!!!!! seria 1 boa homenagem a ELE ne .

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