Finalizamos essa série de homenagens ao nosso glorioso Olímpico Monumental com o texto de Denis Almeida que, obviamente, não poderia abordar outro assunto que não o GREnal. Infelizmente, um linda e maravilhosa história terminou. Lagrimas irão surgir, lembranças irão repassar a todo momento em nossas cabeças, enfim, um dia para ser vivido ao máximo.

OBRIGADO POR TUDO, ESTÁDIO OLÍMPICO MONUMENTAL!!!

No dia 13/08/1995, presenciei um fato histórico no estádio Olímpico Monumental. Esse não foi o maior jogo que vi no glorioso estádio da Azenha e sim este que segue ao lado (“Meu jogo histórico”). Mas, GREnal é um jogo a parte, um campeonato a parte. E, nesse dia, aos quase 11 anos de idade, vi a essência de um GREnal e a força do Grêmio.

O Tricolor usou durante o campeonato gaúcho o “Banguzinho”. Time apelidado pelo então Presidente Fábio Koff. Time que mesclava titulares, reservas e alguns juniores, pois o calendário do Grêmio era apertado, ao mesmo tempo em que disputava o regional, disputava as finais da Copa do Brasil, Libertadores e o início do Campeonato Brasileiro.

O jogo de ida no estádio do adversário, foi 1×1 com gol de Nildo. O jogo da volta, num dia ensolaradoem Porto Alegreno “veranico” de agosto, o estádio Olímpico estava completamente lotado. Com 10 anos de idade, não sabia o risco de jogar um clássico com time misto e o medo de perder em sua casa, mas sabia que ali estava o Grêmio contra o seu maior rival.

O Grêmio começou arrasador. Gélson e Carlos Miguel acertam a trave em menos de 10 minutos. Logo depois, o matador Nildo recebe um passe/chute de Paulo Nunes, gira sobre o marcador e estufa as redes de Goycochea! O 1º tempo termina com o Grêmio muito superior ao rival, onde podia ter matado o jogo. No 2º tempo as coisas mudam. O rival para não passar pela humilhação de perder o clássico e o título para o time misto do Grêmio vai com tudo para a etapa final, ai que brilha a estrela do goleiro Sílvio. Sílvio veio do Joinvile para a reserva de Danrlei e honrou a posição. Fez diversas defesas durante a etapa complementar. Numa rebatida, Zé Alcino (que viria fazer história no Grêmio mais tarde), empata. Mas a alegria do time da beira do lago Guaíba não durou 50 segundos. Na saída de bola, Nildo toca para Carlos Miguel soltar o canhotaço e passar novamente a frente do placar. Era metade do 2º tempo. A partir daí, Sílvio fez milagres e mais milagres. No final do jogo, Nildo é expulso para aumentar o drama do clássico. No último minuto, o jogador Wagner do rival entra livre na área gremista e chuta no canto. Sílvio pega uma bola “impossível”. Depois deste lance, o árbitro encerra o jogo e o Grêmio é o campeão gaúcho de 1995! Já tinha visto o gauchão de 1993 e a Copa do Brasil de 1994, mas vencer o rival no Olímpico com time misto até hoje não sai da minha cabeça! Humilhar com cânticos os torcedores do rival aos 10 anos de vida foi muito bom!

Vivenciei vários clássicos no Olímpico nesses 28 anos de vida, mas esse está sempre na minha cabeça. A fase de ouro do Grêmio nos anos 90.

Obrigado, Olímpico Monumental! Nunca foi minha “segunda casa” e sim, minha casa. A saudade será eterna, mas as lembranças das vitórias e dos momentos vividos no velho casarão estarão sempre no coração de nós gremistas. Jamais te esqueceremos!

Escalação do Grêmio: Sílvio, Marco Antonio, Luciano, Rivarola e Roger; Dinho, Gélson, Wagner Mancini e Carlos Miguel; Paulo Nunes e Nildo. Técnico: Felipão

Gols do jogo: Nildo e Carlos Miguel

Denis Almeida
@denisfpalmeida

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2 respostas a “7/7: “GREnal inesquecível no Olímpico””

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