O Grêmio está classificado para enfrentar o Palmeiras na semifinal da Copa do Brasil. Mas, antes de falar sobre todo o contexto ao redor desse confronto histórico, farei uma breve análise da vitória sobre o Bahia e da campanha Tricolor até o momento.

Passada as quartas de finais, continuamos invictos. Foram oito jogos com oito vitórias. Para quem gosta de números, são dezoito gols marcados contra, apenas, quatro gols sofridos. Muitos argumentarão: “Mas, o Grêmio só enfrentou times desqualificados”. Realmente, não deixa de ser verdade a fragilidade dos adversários, porém, mesmo assim, fizemos nosso papel. Ganhamos de todos esses times que enfrentamos. Com certeza, o time ainda tem muito a evoluir. Estamos muito longe da perfeição. Contudo, cumprimos com nosso primeiro objetivo: passar por esses clubes inferiores.

Além disso, não podemos negar que o “profexô” Luxemburgo implantou um esquema e uma cara ao Grêmio. Hoje todos nós sabemos qual é a nossa zaga, o nosso meio de campo e o nosso ataque. Pode não ser o que temos de melhor, mas, pelo menos, temos algo estruturado, modelado e treinado.

No jogo dessa noite contra o Bahia, os setores da equipe Gremista jogaram em harmonia. Cada jogador em campo sabia sua função, o porquê de estar ali e o que fazer com ou sem a bola. O modelo tático está implantado e em aperfeiçoamento. O Bahia não teve uma oportunidade de gol ao longo dos 90 minutos. Terminamos a partida com 52% de posse de bola, sendo que, no final do primeiro tempo, tínhamos 61%. O meio de campo com Fernando, Léo Gago, Marco Antônio e Souza (este um pouco abaixo dos outros três) está se firmando e se entrosando. Marcelo Moreno, após uma boa sequencia de jogos, volta a render. Miralles, apesar dos altos e baixos, jogou muito bem também. No conjunto, não demos espaços ao adversário, a marcação foi sob pressão e, assim sendo, fizemos um jogo “seguro”. Em resumo, o Grêmio se impôs, apesar do ritmo lento, e, mesmo assim, acabou soberano na partida.

Acredito que a equipe esteja no caminho certo. Estamos crescendo na fase certa da competição. Começamos a presenciar um modelo de time que tem tudo para triunfar. A Copa do Brasil começa realmente agora contra o Palmeiras.

Muito se falará sobre a inversão dos comandantes na casamata. Como um bate papo em mesa de bar, essa é uma pauta válida. Afinal de contas, é o maior clássico do Brasil. Se, no passado, tínhamos a equipe “raçuda” ao nosso favor contra a equipe técnica; agora, teremos o inverso. Contudo, como torcedores do clube Grêmio, isso é o que menos importa. Assim como na década de noventa eu não torcia por uma pessoa (no caso, Felipão), mas para a Instituição Grêmio, o mesmo vale para o atual momento. O clube está acima dessa “rixa”. A minha torcida sempre irá para o Grêmio independente de quem seja o atual treinador. Obrigado, Felipão, por tudo que nos proporcionou. Mas, agora, tu és meu inimigo e de ti não teremos piedade.

Chegou o momento da verdade. Como diz a canção: “suor e sangue é o que queremos ver na camiseta”. Em momentos decisivos, os clubes grandes e tradicionais não devem afinar, não devem amolecer e, principalmente, não devem temer.

Aliado a isso, nosso o apoio será fundamental. O Olímpico voltou a rugir. Colocamos mais de trinta e sete mil pessoas no estádio contra o Bahia; logo, contra o Palmeiras, devemos colocar mais de quarenta e cinco mil presentes no Monumental. Todos nós sabemos a diferença que a torcida Gremista é capaz de proporcionar nos jogos. Somos únicos e diferenciados, fanáticos e apaixonados! Vamos alentar, vibrar, berrar e, como resposta, os atletas vão prosperar. Essa integração e gana por títulos farão a diferença.

AVANTE, GRÊMIO!

Luciano Müller
@lucianosmuller

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2 respostas a “Caminho certo”

  • O Grêmio fez o 2º melhor jogo da temporada ontem. O 1º foi o GREnal no aterro vencido por 2×1.

    Como o Luciano disse, estamos crescendo na hora certa. Isso que importa.

    Vilson tem que jogar no lugar do Souza, pois este não acrescenta nada a equipe. O time num todo foi bem, agora vamos aguardar uma partida contra um time grande com um bom treinador.

    Serão 3 semanas longas. Vão durar uma “eternidade”. Mas o Grêmio só tem a ganhar, pois pode recuperar Kléber, Bertoglio e Werley. Além de se preparar para o confronto.

    Só depende de nós. Faltam 4 jogos. Olímpico lotado e o time jogando com muita raça em campo será difícil de tirar essa copa do tricolor.

    Domingo contra este Palmeiras é outra decisão. É uma prévia e vale 3 pontos no campeonato brasileiro.

    Vamos Grêmio! Rumo ao Penta!

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