É óbvio que o que mais quero é ver o GRÊMIO levantando taças, ganhando COPAS e voltando para o lugar de onde nunca deveria ter saído. Mas não quero que estes sejam momentos fugazes, isolados e que só se repitam a cada 20 anos. Quero um GRÊMIO que mantenha regular o seu GREMISMO.

Hoje, diferente dos últimos anos, temos uma perspectiva mais otimista dentro de campo, mas me pergunto se tão descaracterizados conseguiremos colocar as faixas. Não quero cornetear o time, o técnico, ou qualquer direção em especial, porque sou GRÊMIO sempre, até morrer. O que acontece, é que não gosto deste GRÊMIO que substituiu aquele GRÊMIO que marcou tanto minha vida e que ajudou a definir minha personalidade e meu caráter.

Sempre fomos o clube diferente; o clube mais odiado e sem identificação com o futebol brasileiro. E neste nosso modelo, ditamos as regras, impusemos nossa cultura e aplicamos a fórmula mais vencedora do Pampa. É deste GRÊMIO que sinto falta. Sinto falta da força implacável no meio campo; do empenho e da insistência nos ataques fulminantes; e definitivamente sinto falta das expressões nada amistosas nas defesas dos tempos áureos.

O GRÊMIO, sempre que foi puro e autêntico, foi campeão. O GRÊMIO que formou GREMISTAS para defender as suas cores, foi o mais vencedor. O GRÊMIO que, por sua singularidade, conquistou atletas de outros estados, fazendo com que estes se apaixonassem completamente pelo clube e jogassem por esta camisa a morrer, foi o GRÊMIO que soube impor sua história e consequentemente sobrepor seu futebol.

Fico mesmo muito triste de ver a tentativa de transformação de um GRÊMIO tão característico, em um clube embebido na mesmice de um futebol comum e submisso. Me desestimula terrivelmente entender que há a intensão nítida de fazer com que o GRÊMIO seja só mais um; tentando copiar a fórmula faceira e leve dos medalhões brasileiros.

GRÊMIO, te quero campeão! Mas também te quero sendo o que sempre fostes… o maior da América, o imbatível, o temido; o clube mais FORTE, AGUERRIDO e BRAVO!

Aguante, que queremos a COPA!

Ana Vilches

Cadastre-se para receber nossas atualizações

Não se preocupe, não enviaremos spam

17 respostas a “GRÊMIO, te quero campeão! Mas também te quero GRÊMIO!”

  • O futebol é extremamente dogmático, ou seja, através de momentos históricos e sua evolução, necessita de alterações e de adequações às novas realidades.

    Esta conversa de “FORTE” virou um mito pela história aguerrida. A alma gaúcha, as conquistas do clube com muito suor, etc.

    No entanto, nenhuma das conquistas faltaram inteligência, disciplina tática e qualidade técnica, entre outros requisitos essenciais. Só a garra, é muito pouco. Ainda mais nos momentos atuais onde se disputam partidas que exigem alto preparo físico.

    Todos os clubes quando conquistam títulos, nunca conquistaram sem a falta de garra. O Flamengo teve garra em suas conquistas, o Palmeiras teve garra, o Corinthians teve Garra, etc.

    O Grêmio hoje está no caminho certo do futebol. Se adequou a uma realidade administrativa e vem se adequando muito bom na prática do esporte, com inteligência tática, disciplina com e sem a bola. Essas questões, por vezes, suprem até a falta de técnica.

    A garra vem com as boas atuações, vem com a empolgação.
    Boas atuações vem com confiança.

    Não se pode exigir apenas isso! O futebol mudou e quem pensa diferente está ultrapassado. Essa questão de “ter garra” é muito mais um folclore do que realidade prática.

    • “Não quero cornetear o time, o técnico, ou qualquer direção em especial…”
      “O GRÊMIO, sempre que foi puro e autêntico, foi campeão. O GRÊMIO que formou GREMISTAS para defender as suas cores, foi o mais vencedor. O GRÊMIO que, por sua singularidade, conquistou atletas de outros estados, fazendo com que estes se apaixonassem completamente pelo clube e jogassem por esta camisa a morrer, foi o GRÊMIO que soube impor sua história e consequentemente sobrepor seu futebol.”
      o GRÊMIO não está e não tem feito isto, há mais de 15 anos. A política não me cega.

  • Que texto, Aninha.
    Muito sentimento.

    Modernizar sem perder a IDENTIDADE do Grêmio.
    Ter um elenco submisso e faceiro só porque os demais clubes brasileiros são assim não é uma forma inteligente de entender as mudanças no futebol.

    abraço
    Ivo

  • Sou devoto de um Grêmio mais GRÊMIO, de futebol combativo, viril, aguerrido. Mas será que ainda vamos ter times de força como no ano de 95 por exemplo? Os tempos são outros.. Não se fazem mais jogadores como em outras épocas, salvo raríssimas exceções. Jogadores de hoje em dia parecem ser pré-moldados a mesmice, todos iguais, não se engajam na forma e identidade do clube.

    • Felipe,
      Temos ainda diversos exemplos de jogadores engajados.
      Basta saber pesquisar e principalmente ter disposição a pesquisar.

      Mas dá muito trabalho, dirigentes preferem esperar o empresário trazer um DVD e oferecer atletas. Bem mais cômodo.

    • Na real, Felipe, o GRÊMIO tem que começar a formar estes jogadores. O investimento da Base não pode ser só visando grana… tem que focar também na formação de atletas identificados. E o Ivo tem razão, se tu procurar, tu encontra jogadores com esta postura… mas daí, tem que pensar no clube e não em ganhos pessoais… é um tema…

  • 15 anos sem título, 15 anos de Geral, a partir do momento que vermes se inserem na política do clube fica desse jeito.

    Onde estão aqueles R$ 2 milhões que conseguiram provar que o Odone entregou na mão do líder da geral? Virou droga, bens próprios. A custa dos sócios que se ralam pagando a mensalidade.

    Fora muito mais grana que não conseguiram comprovar.
    Isso é problema grande no Grêmio e ninguém fala nada.

  • Fico preocupado com os comentários que vejo aqui.

    Em nenhum lugar do artigo vi que apenas garra, força e empenho bastam. O que li – e não há como discordar – é que falta ao Grêmio este ingrediente, que, por sua vez, faz (ou deveria fazer) parte da IDENTIDADE do Grêmio.

    Também gostaria de entender os argumentos de que “os tempos são outros”. Quem vê apenas os comentários, pensa que estamos há QUINZE ANOS insistindo em uma fórmula baseada na identidade gremista, uma fórmula de força, comprometimento, e que esta não está dando certo.

    Resta evidente que perdemos isto, e não enxergar a correlação entre isto e a seca… bom…

    Sequer vou entrar no mérito de porque há aparecem nos comentários um nome que, espero, tenha tornado-se um cadáver político na história do clube.

  • nao dan conta que ana sabe o que fala?
    que no tenemos bom time por que sempre ai que bancar
    pessoas que van os viajem e recibem mais de 30 mil por jogos
    adonde queremos chegar tem que trocar jogadores e torcedor de verdade tem fe que isto vai pasar e vamos difrutar da taza,ela y eu tuvimos e plazer de falar do gremio ela fala com alma. bem feito anita mais no e brasil e guacho nosso gremio nao exporta jamias nos mataran.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.