A fim de homenagear o Olímpico Monumental, iremos divulgar um texto por dia nessa semana de despedida. Abrindo os trabalhos, apresentamos o relato da integrante Ana Vilches.

Chegou o momento de olharmos para trás e agradecermos por todas as glórias que esse magnífico Estádio nos proporcionou.

A primeira vez em que coloquei meus pés no OLIMPICO MONUMENTAL realizei exatamente o que o próprio nome já relata: conheci um MONUMENTO do futebol. Eu tinha, no máximo, uns sete anos de idade, mas tive uma sensação – e me lembro nitidamente disso – de imensidão. Sentia, enquanto ia entrando, que nunca mais iria querer sair dali… e, eu estava certa.

No OLIMPICO, chorei, protestei, cantei e alentei, mas acima de tudo aprendi sobre honra, sobre aguerrimento, sobre amor, sobre lealdade e sobre imortalidade. No OLÍMPICO, conheci pessoas fantásticas e percebi que toda minha emoção não estava isolada e não era desproporcional.

No OLÍMPICO, vivi o GRÊMIO!

Estive naquelas arquibancadas recebendo os campeões do mundo, de LA COPA (as 2 vezes), xingando os árbitros, a imprensa e mesmo alguns que colocaram em risco a integridade e a grandeza do clube.

No cenário do OLÍMPICO, ameacei os adversários com avalanches de cantoria e alento.

Não posso negar a melancolia que sinto, quando lembro das vezes que passarei pelo espaço que alojou meus sonhos e não verei nossa bandeira delirante, encantando e completando um cenário de pura paixão. E não verei tua estrutura, que invariavelmente faz acelerar meu coração.

Não tenho dúvidas quanto à grandeza da nova casa, mas me pergunto se o espírito do OLIMPICO, aquele da amizade, do GREMISMO, da proximidade entre nós, se repetirá na Arena. Sei que nosso sentimento pelo clube é tão imortal quanto o próprio e que onde quer que esteja o GRÊMIO, estaremos nós, apoiando a morrer. Mas estou certa de que ainda sentirei por muito tempo a presença do OLIMPICO em mim, como meu lar, como o recanto que acomodou e recebeu todos esses anos a minha euforia e o meu desejo de ver o GRÊMIO sempre campeão.

Despeço-me de ti, OLIMPICO, com a certeza de que a tua história – tão atrelada a minha – se perpetuará, porque fostes o palco das nossas batalhas e das nossas glórias. Despeço-me com a inevitável lágrima, que apesar de triste, guarda a esperança, de que o GRÊMIO possa proporcionar a nós GREMISTAS, nos braços do novo estádio, as mesmas alegrias que proporcionou nos teus.

Em nós, sempre estarás presente. Para nós, sempre serás como o GRÊMIO: imortal e MONUMENTAL.

Ana Vilches

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5 respostas a “1/7: “Obrigado por tudo, velho amigo!””

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