Eu queria escrever sobre a final do Mundial, mas não acho justo falar do GRÊMIO de 2017 só por esta competição. Não é justo com o GRÊMIO, com o elenco, com a direção e nem com o torcedor. Não é justo com o Renato, com a nossa defesa… nem mesmo com o nosso meio campo e o nosso ataque.

O GRÊMIO se planejou, teve coragem e força para manter a convicção de que a competição que importava – a que mais nos agrada, a que mais representa o nosso espírito TRICOLOR – era a LIBERTADORES. E o Renato, com maestria, fez o grupo do GRÊMIO, o grupo que ele trabalhou, nos dar esta COPA. O GRÊMIO fez partidas em que seus atletas mostraram uma entrega que há anos não víamos – não assim, do grupo inteiro.

Em determinado momento da temporada, os adversários já tentavam adivinhar nossa forma de jogar. Mas o GRÊMIO do Renato, surpreendia. Se eles marcavam nossa direita, jogávamos pela esquerda, com a velocidade do gurizinho que em muitos momentos decidiu partidas enroscadas – o Cebolinha foi uma das armas do comandante. Comandante este, que calou muitas bocas, mostrando que quem entende do time dele, é ele! Ele, que tem a estrela, mas que também tem o entendimento, em tempo real, do jogo.

O GRÊMIO TRI da América, foi um GRÊMIO sólido nos três setores e jogou a última partida de forma a encantar até mesmo quem ainda via muitos problemas no time (e tinha… e tem). Mas para enfrentar um clube milionário, com peças individuais muito qualificadas, não poderia ter perdido a solidez justamente do meio campo. Perdemos Arthur e não foi só por isto que não ganhamos do Real Madrid, mas este jogador leva o nosso meio campo a um outro nível, o que proporciona muito mais mobilidade ao ataque, exatamente o que nos faltou para peitar os espanhóis (que de espanhóis não têm nada, ou muito pouco).

A alegria, o sentimento, o descontrole que este time do GRÊMIO nos deu, não podem ser maculados, apagados, por uma partida de notória discrepância entre as duas equipes. O GRÊMIO inteiro ainda teria enormes dificuldades para ganhar do Real Madrid, mas nós sabíamos disto. Já o Real Madrid, tenho certeza, não imaginava que ganharia somente com um gol de bola parada. O melhor ataque do mundo, não fez gol na melhor dupla de zaga das Américas.

Eu, pessoalmente, fiquei sim muito triste com a derrota. Mas em nenhum momento me revoltei com o time, ou com a comissão técnica, ou mesmo com a direção. O GRÊMIO não se mixou para o Real Madrid! O GRÊMIO não é qualquer clube, não tem uma torcida ordinária. Pelo contrário, o GRÊMIO é o maior das Américas! O GRÊMIO tem uma torcida única, impressionante e incansável… uma torcida IMORTAL. Então hoje, ainda irritada com as cornetas infelizes e insensatas dos torcedores do time rubro da cidade de Porto Alegre, chego em casa e olho demoradamente para o poster do TRICAMPEONATO da LIBERTADORES. E meu coração se alivia ternamente… e às lágrimas canto o hino do GRÊMIO para estes homens que lutaram bravamente e trouxeram para nossa casa a taça mais linda do futebol; a taça de PRATA! E vejam só, como são as coisas… esta taça de PRATA, o GRÊMIO ganhou sendo FORTE, AGUERRIDO e BRAVO!

Ana Vilches
@anagremiovedder

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