Ao final de 2010, creio que todos os Gremistas tinham a mesma convicção: teremos uma excelente temporada em 2011. Renato Gaúcho havia tirado leite de pedra e, juntamente com o ano mágico realizado por Jonas, Grêmio estava classificado para Libertadores.

Passou-se seis meses e toda expectativa criada já estava indo pelo ralo. Não vou entrar nos méritos sobre questões administrativas do clube: categorias de base abandonadas, contratos obscuros (cotas de televisão e Arena) assinados sem análise ou conhecimento total do nosso Conselho Deliberativo, marketing inexistente (uma vez que, com a força da marca Grêmio, deveríamos arrecadar um lucro muito maior). Enfim, não vou entrar nesses quesitos, apesar de que influenciam diretamente nos resultados atuais.

O que gostaria de abordar com os amigos é o seguinte assunto: Celso Juarez Roth!

Se me permitem, voltemos ao passado e analisemos, brevemente, o currículo desse treinador. Inicialmente, desempenhava papel de preparador físico. Após aceitar uma proposta do exterior como treinador, voltou ao Brasil, em 1995, para treinar o Brasil de Pelotas. Desde esse ano, Celso Roth treinou 19 clubes diferentes, conquistando 6 títulos (1 local, 4 regionais e 1 internacional). Pior: se tornou um técnico egocêntrico, arrogante e livre de erros (na concepção dele), mesmo sem motivos para tanto.

Mas, se perguntam: o que a biografia do “professor” tem a ver com o Grêmio atualmente?

Exatamente, esse é o ponto – a biografia nada tem a ver com o Grêmio. Tanto em histórico de conquistas, como em identificação com o clube.

Na sua quarta passagem pelo estádio Olímpico, “professor” Juarez tem 31 pontos em 69 disputados. Aproveitamento de 44,95%. Então, qual bom trabalho Celso Roth tanto fala, comenta e pede atenção aos torcedores em suas entrevistas coletivas? Se os números falam por si só, o que tanto precisam pensar os diretores do Grêmio sobre sua permanência no clube?

Vão me dizer: “Mas, Celso Roth nos livrou do rebaixamento em 2011.” Isso é mentira! Aliás, esse é o tamanho desse treinador – livrar times do sufoco, não mais do que isso. Mesmo assim, o Grêmio não se encontrava na zona de rebaixamento e qualquer novo treinador teria tirado o clube daquela fase incômoda.

Sem mais delongas, afirmo: antes do #2012RothNÃO, tanto aclamado nas redes sociais, deveriam ter usado essa indignação e cobrança para o #2011RothNÃO, vetando seu retorno. Esse foi o problema, Celso Roth jamais deveria ter voltado ao Grêmio. Quem nunca soube do seus fracassos? Quem não o conhece como “cavalo paraguaio”? Quem não sabia que os capítulos finais seriam estes que presenciamos no final de temporada?

Pois bem, Celso Roth, a torcida agradece seu “bom trabalho” por nos “tirar do rebaixamento”, mas apenas isso. Está mais do que na hora do senhor ir embora. Passou a hora. Seja feliz, mas longe daqui. Obrigado e até nunca mais.

E, em 2012 para 2013, fora Odone e cia Ltda.

A partir de agora, Grêmio necessita de vencedores!

Luciano Müller