Segundo informações, quando eu tinha três anos, tentaram efusivamente me convencer a torcer pelo time rubro da cidade de Porto Alegre. E minha reação foi sempre, em todas as tentativas, bater no peito e dizer: “Eu sou GREMISTA! Eu gosto do GRÊMIO!”

Pois bem, desde então, tenho todas as recordações gloriosas e emocionantes que o GRÊMIO me proporcionou, como alento em momentos difíceis, como argumentos em discussões futebolísticas – o GRÊMIO sempre foi o mais copeiro, o mais forte, aguerrido e bravo – e como um dispositivo que libera em mim o mais puro sentimento de amor. Por este sentimento, hoje, está simplesmente torturante, ver no que transformaram este Clube.

          Nestes últimos longos anos acompanhei as façanhas dos senhores “abnegados”, que conseguiram promover uma descaracterização tamanha no GRÊMIO, que já não reconhecemos, em nada, aquele clube que lutava pelas copas, que representava seu torcedor, que verdadeiramente o acolhia na sua casa – quando tínhamos uma, que podíamos chamar de lar.  Nada sobrou do verdadeiro GRÊMIO, depois que os “abnegados” implantaram suas mentalidades medíocres e tendenciosas em seus próprios benefícios, em administrações trágicas e fatídicas. Sequer sobrou um resquício daquele GRÊMIO que transformava jogadores em filhos, em apaixonados que jogavam a morte pelo clube.

          Vemos diretores que, para trabalhar pelo GRÊMIO, já não o fazem por amor. Vemos disputas acirradas por permanência no Conselho Deliberativo, para posteriormente, nas reuniões, o quórum ser de 10% de membros. Vemos uma corrida desvairada e enlouquecida pela “aquisição” de cargos e vemos o terror na face do poder, quando por algum motivo, sentem suas poltronas ameaçadas. Mas não vemos esta energia concentrada em montar times competitivos, em defender o torcedor ou em colocar o GRÊMIO onde o GRÊMIO deve estar. Não vemos cobranças de resultados, não vemos cobranças de caráter, de clareza em negociações… Não, não vemos nenhum movimento, nenhuma atividade pró GRÊMIO, vinda de dentro do próprio GRÊMIO.

          A conclusão desta avaliação é óbvia: toda a filosofia, tudo que vem sendo feito dentro do clube nestes últimos tempos e a forma como se tem administrado o GRÊMIO, tem que mudar imediatamente. A queda, com a permanência deste estado, é vertiginosa e eminente. Se faz urgente a retomada de objetivos, de trabalho e ambições visando o bem do GRÊMIO. Necessitamos da valorização dos nossos ídolos, do retorno do GREMISMO, do orgulho e da honra em vestir a TRICOLOR. Precisamos ser representados dentro do vestiário na forma de um diretor que mostre aos atletas e comissões o que é ser GRÊMIO. Precisamos de um trabalho forte e focado, na base, onde não se deve somente ensinar técnica, mas também o amor pelo clube e a vontade inesgotável de ser campeão; a base deve formar GREMISTAS e não cifras.

          Hoje, em meio a tanta tristeza e insegurança, não consigo ver outro grupo de GREMISTAS tão capacitados e imbuídos em trazer o GRÊMIO de volta, como o GRÊMIO DO PRATA. Por isto, toda minha esperança e todo meu GREMISMO dedico a nós, que já não dormimos a noite, que já não conseguimos normalizar e tocar a vida. E por ter absoluta certeza de que podemos realizar a revitalização do GRÊMIO FOOT-BALL PORTO ALEGRENSE, é que deposito neste grupo uma fé FORTE, AGUERRIDA E BRAVA.

Vamos, GRÊMIO! Vamos, GRÊMIO DO PRATA!

“Eu te sigo desde pequeno, já não posso mais parar!”

 NÃO ao FUTEBOL MODERNO!

 Ana Vilches

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2 respostas a “Aos “abnegados””

  • Deposito toda minha esperança em vocês do Grêmio do Prata, para trazer de volta o Grêmio que só vi em vídeos e histórias contadas por amigos. Que não vire lenda o Grêmio forte, o Grêmio temido, o Grêmio que cala.

  • Como de costume, a Ana Vilches traz a público o sentimento do verdadeiro gremista. A Ana põe, em palavras, nossa dor e esperança! Infelizmente não vejo como mudar tendências e ou extirpar vícios do Grêmio “sem o confronto” de idéias! EU sempre desejarei a união, todavia algo muito “radical” tem de ser feito. Não creio que o “start” das necessárias mudanças passam pelos “atuais abnegados”. Portanto o “fato” tem de vir de fora, ou seja, por um grupo de GREMISTAS que verdadeiramente amem ao clube; que não tenho “desejos pessoais”…..Acho que o Prata poderia LIDERAR uma espécie de “força-tarefa” para RECONSTRUIR o Grêmio. Como? Penso numa “frente” (semelhante à que construímos em 2010), aproximando e unindo OS GREMISTA DE BEM. Eu acredito que existam GREMISTAS DO BEM (verdadeiros) em todos os movimento. Óbvio que o FILTRO teria de ser muito técnico, forte e com inúmeras “variáveis”!!! JUNTOS SEREMOS FORTES!!!Cumprimentos, Aninha, por teu amor pelo Grêmio!

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