O ano de 2024 ficará marcado como uma temporada de grandes lições para o Grêmio. Iniciamos a jornada com enorme expectativa, embalados pelo vice-campeonato brasileiro de 2023. Mesmo com a perda da principal peça daquele time, nós, torcedores, acreditávamos que era possível alçar voos ainda mais altos.
No Campeonato Gaúcho, reafirmamos nossa hegemonia ao conquistar o heptacampeonato com relativa tranquilidade. Com boas atuações, levantamos mais uma vez a taça e deixamos claro, de forma incontestável, que o Rio Grande do Sul tem dono.
Na Copa Libertadores, nossa eterna obsessão, o início foi decepcionante. Derrotas nas duas primeiras rodadas, somadas a desempenhos abaixo da média, acenderam um sinal de alerta. Paralelamente, nosso estado enfrentou uma tragédia climática que impactou profundamente a comunidade e, inevitavelmente, o clube. Ainda assim, a torcida, sempre apaixonada, percorreu centenas de quilômetros para apoiar o time e levá-lo à segunda fase. Contudo, erros estratégicos na formatação do time e manutenção de jogadores que não correspondiam acabaram resultando em nossa eliminação nas oitavas de final.
Na Copa do Brasil, a história se repetiu. Ficamos dependentes de jogadores que não demonstraram estar à altura do peso da camisa do Grêmio. A falta de planejamento e decisões equivocadas da direção e comissão técnica foram cruciais para nossas eliminações nas duas competições de Copas da temporada.
Embora a tragédia climática tenha sido usada como justificativa para o desempenho abaixo da crítica em campo — algo que compreendemos pelo impacto emocional e logístico do evento —, também tivemos que assistir a escolhas bastante questionáveis. Decisões como a de jogar contra o Botafogo no Espírito Santo, estado vizinho ao Rio de Janeiro, e a insistência em manter atletas que não entregavam resultados, enquanto outros, com atuações mais promissoras, tinham poucas chances, foram exemplos claros de falhas a serem corrigidas.
E para finalizar o combo de 2024, o campeonato brasileiro onde apenas brigamos pela nossa manutenção na série A. Muito pouco e pequeno diante da grandeza das nossas conquistas e desempenhos ao longo da nossa história nas competições. Além de tudo, absolutamente inaceitável diante de um dos maiores orçamentos e folhas dos Clubes da América do Sul.
É essencial que a direção tenha assimilado os aprendizados de 2024, para que em 2025 não repetir os mesmos erros. Precisamos de uma gestão eficiente e profissional, que priorize decisões assertivas, tanto dentro quanto fora de campo.
O Grêmio precisa de mais. 2025 será um ano decisivo. Temos a oportunidade de conquistar o octacampeonato gaúcho e, ainda, de levantar um título inédito: a Copa Sul-Americana. Queremos títulos, vitórias e um time que honre a grandeza do Grêmio.
A torcida fez sua parte em 2024, como sempre, e continuará fazendo em 2025. Agora, cabe à direção não se omitir e montar uma comissão técnica e elenco capaz de de recolocar o Grêmio no lugar que merece: o topo.