Estou pensando aqui em dar o retrato da partida deste domingo e eis que me vem à cabeça a razão do atraso no qual se encontra o RS já faz tempo.
Aqui no Estado mais que em qualquer outro local, os dois pólos, os dois extremos, as duas pontas, os dois lados. Ou Azul (certo, correto e único caminho sensato a seguir) ou não azul. Ou sim ou não. E é fato que por vezes até, essa marca, característica local, nos atrasa a ponto de fazer por exemplo a cidade virar as costas para seu rio. E nesse ponto realmente estamos mal demais graças a esse antagonismo burro que nos assola. E aí, não saímos do lugar.
Mas não sempre!
Ontem na Arena, os dois tempos, os dois lados, as duas faces, a maneira correta de fazer as coisas e a maneira errada ou até o não fazer. Mas por sorte nossa ontem saímos do lugar, e deixamos o modo errado de encarar um adversário medíocre lá no vestiário, retornando ao segundo tempo com uma postura absurdamente oposta àquela do primeiro tempo.
E por isso o gancho da divisão já característica do nosso Estado, que como ilustra o jogo, pode nem sempre remeter ao mau resultado, para sorte e alegria nossa.
Mas vamos ao jogo…
Do time sonolento ao time incansável!
Da preguiça à adrenalina, salvo raras exceções como o garoto Moisés, constante nos dois tempos. Movimentação incansável, digna de um homem de meio. E ainda some-se a isso uma pitada de Alan Ruiz (o homem que em 12 minutos acabou com os vermelhos fazendo dois gols e de quebra ainda levou à loucura e ao desespero o time e banco deles criando uma confusão em campo), fazendo àquela cena que resultou na expulsão do Guerrero que de guerreiro nunca teve nada para mim. Moisés, a meu ver e observação, o nome do jogo!
Mas vejamos…
O que exigir de um jogador que atue no meio?! E mais! O que deve fazer um homem que atue nas duas primeiras do meio em um Grêmio que aspire TÍTULOS?! Fazer exatamente àquilo que os chamados titulares não fazem e que é para mim motivo de preocupação para um 2016 de Libertadores (teremos Boca e River não?!). E cabe lembrar aqui a boa atuação daquele que em nada tem de lateral. Marcelo! Ali, e digo isso desde sua chegada, o único local em que pode dar contribuição ao GRUPO.
O Grêmio precisa rapidamente rever seus conceitos de futebol para poder sim continuar na ascendência criada pelos efeitos da contratação do nosso Róger. Na subida vertiginosa proporcionada pelo trabalho de Róger.
E isso passa por compreender que INTENSIDADE, FORÇA DE MARCAÇÃO E “OLHO DE TIGRE” são quesitos OBRIGATÓRIOS para um jogador de meio e QUANTO MAIS das primeiras duas do meio. E nesse ponto Edinho, no grupo atual titular incontestável para mim desde sempre, e agora Moisés ( um garoto promissor), detém tais qualificações SIM! Só espero que lá nas entranhas do Dep. Futebol e na Comissão Técnica não estraguem esse garoto retirando dele essa, digamos, “GANA DE SER GRÊMIO”. Que não façam o que Autuori e seus boleiros, na gestão desastrosa de Duda (onde empilhamos derrotas em clássicos), fizeram com o alemãozinho Adílson. Não podemos, por exemplo, admitir que o “velho” Douglas seja por vezes e em algum MOMENTOS das partidas, o mais incansável e indignado após a perda de bola em nosso meio! Isso é sinal de alerta para criarmos o cenário positivo em 16.
A partida de ontem foi sob todos os aspectos sim, esse eletrocardiograma bem gaúcho e portoalegrense que vai de lado a outro da moeda.
Cabe ressaltar as virtudes de Róger na virada de jogo, bem como não perder de vista que estávamos jogando contra um arremedo de time. E que em ano de Copa, “muy” provavelmente estaremos enfrentando BATALHAS, e não jogos de campeonato brasileiro. Jogos estes que não exigem o retrato e reflexo daquilo que deveremos ter ano que vem para por exemplo, jogar na capital portenha sob a neblina de uma noite de inverno emoldurada por um cenário bem diferente daqueles encontrados por aqui. Aí amigos residem minhas preocupações, na minha certeza de que o ouro que reluz agora e aqui possa (talvez) não o ser de fato e na hora em que se separam os guerreiros dos boleiros.
O Grêmio é grande demais para morrer na praia com “ilusões de Maracanã”.
Rogério Fallavena
Vice-Presidente Grêmio do Prata
A montagem da equipe para o ano que vem começa na busca por um lateral direito TITULAR e um lateral esquerdo TITULAR.
Galhardo não sabe cruzar aquela bola com efeito procurante que todos os laterais campeões no Grêmio cruzavam, na hora de marcar só cerca e geralmente deixa o atacante cruzar, não sabe dar o bote certeiro na hora de desarmar e para completar é muito franzino, com este porte será aniquilado caso se confirme a vaga na Libertadores pelos adversários sul-americanos.
Marcelo Oliveira pode ser uma boa pessoa, porém ser capitão é outra estória, não tem perfil de capitão dentro das 4 linhas. Na marcação é um poco melhor que o Galhardo mas é fraco no “pé de ferro”, não se cria em uma Libertados, desmorona com facilidade nas divididas. O cruzamento também não é seu forte.
Bom, respeito que pensar contrário, mas para uma LIBERTADORES estes dois servem como reservas.
Nelinho, Eurico, Dirceu (Jarrão), Ladinho, Paulo Roberto, Casemiro, Alfinete, Aírton, Anderson Lima, Roger, Patrício e por aí vai… posso ser mal acostumado.
Agora é a hora do César Pacheco e Rui Costa… chega de vaga, quero TAÇA!!!
Baita texto!
Temos que ser mais Gaúchos, mais Gremistas, inclusive na torcida.
O JOGO ONTEM FOI RUIM,SO CONSEGUIMOS ALGUMA COISA CONTRA O JUNTAMENTO CARIOCA DEPOIS QUE O GUERRERO FOI EXPULSO, ABRIR O OLHO, PARA O BRASILEIRO ZINEDINHO VAI, E MEIA DUZIA DE “ENGANADORES”(NO SENTIDO DE QUALIDADE TECNICA), MAS PRA LIBERTA O BURACO É UM ABISMO( QUEM NAÃO SAABEEE???) ÓTIMO TEXTO GREMIO DO PRATA….
Grande texto, Fallavena! Não canso de lembrar que “raça, olho de tigre,…suor….” isolados da qualidade dificilmente trarão CONQUISTAS relevantes. Além de sangue, suor e lágrimas, o Grêmio terá de contar, em 2016, com QUALIDADE. Aí, teremos de trazer DOIS laterais titulares, um zagueiro para formar dupla com Geromel, um meia para disputar com Giuliano e DOIS atacantes, um de lado e um GOLEADOR. Além dessas contratações, temos de acreditar em Everton e Lincoln! O problema é que os hoje responsáveis pelas contratações não contam com “perfis” para o exercício da função!!!
Esqueci de registrar que a administração municipal, de fato, virou as costas para os três bairros que circundam a Arena, consequentemente para a própria Arena (ruas em torno dela). Realmente não há outra expressão a ser consignada para o que este Prefeito e seus asseclas estão fazendo para com as referidas localidades: “uma vergonha”!!!