O GRÊMIO não pode desacelerar. Não pode achar que a vaga está na mão – e mesmo se estivesse, depois de tantos anos, necessitamos ver vontade inesgotável em campo.

Fizemos um primeiro turno convincente, que deixou o torcedor tremendamente confiante e esperançoso. Mas, de repente, tivemos uma queda absurda de produção e as apresentações passaram de objetivas, contundentes e efetivas, para confusas, morosas e desfocadas. A esta altura do campeonato, é normal que os atletas demonstrem um certo cansaço, mas o que me preocupa, é que o GRÊMIO parece mais perdido do que cansado. A necessidade de contratações é imperiosa.

O Roger é um técnico genial, com um futuro altamente promissor, é dedicado, estudioso e criativo – conseguiu fazer com que este grupo tentasse e quisesse ter também estas características – mas não é mágico. Um comandante com estes adjetivos, precisa de peças que mantenham o esquema, que possam dar continuidade as suas orientações. O GRÊMIO precisa de plantel, para a necessidade de em determinado momento do jogo, ter que mudar o plano tático e surpreender o adversário. Hoje, ele olha para o banco e o que ele vê? Se o Douglas, por exemplo, estiver mal como esteve ontem, quem pode entrar no lugar dele, sem que percamos a qualidade? Não podemos ficar reféns da boa vontade de um jogador. Isto em uma COPA pode render uma desclassificação.

Em cada setor – como em todos os últimos anos – necessitamos de, pelo menos, uma contratação:

Zaga – precisamos de mais um bom zagueiro.

Meio – talvez possamos segurar com Walace mais recuado, mas precisamos de um volante mais forte e mais técnico – mais completo – do que os que temos hoje, para fazer a ligação com o ataque.

Laterais – se tivermos um bom zagueiro em cada lado, da para ficar com M. Oliveira (visivelmente com dificuldades de marcação) e Galhardo. Estes últimos jogando mais liberados e em velocidade pelas pontas. Se o Galhardo não ficar, precisaremos de um lateral direito.

Ataque – todos, absolutamente todos os times de futebol, precisam de um matador. Não podemos mais aceitar tantos gols perdidos, por imperícia, por mau posicionamento ou por inexperiência. Acertar o gol é obrigação do atacante; contratar um que faça isto é obrigação da direção de futebol.

No mais, iremos a Libertadores 2016. E espero que possamos incorporar este espírito, no campo, nos gabinetes, nas arquibancadas, mas principalmente nas atitudes e pensamentos do futebol.

NÃO ao FUTEBOL MODERNO!

Ana Vilches

@anagremiovedder

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Um comentário em “O GRÊMIO não pode parar”

  • Bah, Aninha, pela primeira vez deixarei de concordar contigo. O Grêmio tem de liberar “ontem” os dois laterais. Não há qq condição (com ou sem zagueiros bons) para que esses dois jogadores permanecerem num clube que julgamos ser grande. Infelizmente, Galhardo e M. Oliveira são exatamente do tamanho, no qual o Grêmio encontra-se hoje! E como contratar CERTO (qualidade, vontade de vencer, ….) para 2016? Com a atual gestão de futebol. Usando da minha habitual franqueza, penso que grupos como o do Prata – único propósito é o bem do Grêmio – teriam de apontar as causas de termos grupos de jogadores de baixa qualidade desde há muito tempo atrás (14 anos). Uma das causas: nas direções de futebol, não existem dirigentes (abnegados ou remunerados) que CONHEÇAM futebol (mercado da bola, jogadores, divisões B, C ou D,….).
    EU, entendo que o Grêmio terá de trazer: DOIS laterais titulares, DOIS zagueiros (um para substituir o fraco Erazo e outro para compor com Geromel), UM volante (disputar posição com Wallace – alterna boas e PÉSSIMAS partidas), UM meia (disputar com Giuliano – não o vejo como bom jogador), UM armador (talvez possa ser o Lincoln) e UM GOLEADOR para jogar com LUAN. Além de manter MAICON (esse é imprescindível).

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