Empurrado por 45 mil vozes, o Tricolor Gaúcho entrou em campo precisando de uma simples vitória para chegar a mais uma semi-final da Copa do Brasil. Com apenas dois desfalques (Geromel e Maicon), o Grêmio de Roger Machado não mostrou o bom futebol apresentado nas últimas partidas e sucumbiu à forte marcação do clube carioca. O adversário, visivelmente motivado com a saída de um ex-jogador, jogou com o “regulamento embaixo do braço” e carimbou sua vaga com dois empates nos 180 minutos do confronto. Foi um duro golpe na busca pelo Penta da Copa da Brasil.

Apático e nervoso em grande parte do 1º tempo, o Tricolor Gaúcho não encontrou espaços para abrir o marcador e criou poucas chances. Na melhor delas, Walace, Pedro Rocha e Galhardo tabelaram até que Erazo desviou o chute no poste direto do goleiro Cavalieri. Logo em seguida, Walace arriscou de fora da área sem muito perigo. Luan ainda teve a chance de abrir o marcador mas bateu fraco, no meio do gol.

O Fluminense chegava com perigo usando a velocidade de Scarpa e Marco Junior e os talentosos Cícero e Gérson. E, numa dessas escapadas, Marco Junior alçou para a área e Fred subiu mais que a dupla de zaga gremista para abrir o placar na Arena do Grêmio, aos 39 minutos da primeira etapa. Com o gol sofrido, o Tricolor Gaúcho só tinha uma opção: virar o jogo para seguir vivo em busca do Penta. Na última chance do 1º tempo, Douglas bateu escanteio e Erazo cabeceou com perigo.

No intervalo, o clima na Arena era de aflição mas de muita esperança por toda a torcida gremista. Precisávamos de uma mudança de atitude, de espírito, de raça e, obviamente, dos gols. Roger Machado ousou e mexeu na equipe, tirando o volante Walace e colocando o centroavante Bobô. O Grêmio não tinha muitas alternativas: precisava atacar e incendiar novamente a Arena. Douglas, em noite pouco inspirada, deixou o campo aos 15 minutos para a entrada de Fernandinho, que pouco fez. Pedro Rocha saiu para a entrada do uruguaio Maxi Rodriguez que, na primeira chance, arriscou de fora da área e parou no goleiro Cavalieri.

Mesmo com pouca qualidade técnica, não faltou insistência para o gol de empate sair. Aos 29 minutos, Edinho ergueu a bola na área e Giuliano disputou de cabeça com a zaga. A bola sobrou na entrada da área e Bobô empatou o jogo, em bela finalização de perna direita. O gol explodiu as mais de 45 mil vozes da fanática torcida gremista. O Fluminense acuou-se no campo defensivo e amarrou o jogo. Faltava um gol e pouco mais de 15 minutos de bola rolando.

Com um chute perigoso de fora da área, Galhardo quase virou a partida mas a bola passou por cima. Maxi Rodriguez, com boa atuação, cruzou com perfeição na cabeça de Fernandinho e Cavalieiri espalmou para escanteio. Nos minutos restantes, o Grêmio buscou o gol com bolas cruzadas, sem êxito. Foi uma noite triste, para ser esquecida. Saímos extremamente decepcionados com a eliminação, porém, seguimos confiando no trabalho que vem sendo feito pelo presidente Romildo e pelo nosso treinador, Roger Machado.

O Brasileirão ainda não esta definido mas o título esta longe de ser conquistado. Nove pontos separam o Grêmio do líder. É possível, porém, improvável. Temos que acreditar, sempre. Dos 30 pontos restantes nas dez partidas, o Grêmio precisa de, pelo menos, 21 (7 vitórias) para levantar o Tricampeonato. E ainda temos que “secar” o Corinthians. A vaga na Libertadores de 2016 tornou-se o grande objetivo nas rodadas finais. Mas o certo é que seguiremos apoiando na boa e na ruim muito mais.

O que nos orgulha neste momento é saber que a Instituição Grêmio esta reerguida e mais forte do que nunca. O ano de 2015 esta terminando com um belíssimo trabalho do presidente Romildo Bolzan Junior e do técnico Roger Machado. Além de reduzir drasticamente a folha salarial, sem perder qualidade técnica em relação ao time de 2014, o Grêmio conseguiu unir-se politicamente.

Ano que vem teremos a chance de renovar o Conselho do Clube e contamos com o voto do nosso torcedor. O Grêmio precisa de novas ideias e de pessoas que estejam à disposição do Clube para agregar conhecimento e encaminhar o Grêmio de volta às grandes conquistas.

Certamente precisaremos de muitos reforços para buscar títulos no futuro. A carência de qualidade em determinadas posições é notória. Temos um time competitivo e um grupo que precisa ser fortalecido. Esperamos que a base montada neste ano seja mantida para 2016 e com contratações pontuais. O Grêmio do Prata seguirá trabalhando fortemente para ajudar o Clube no que for preciso.

Temos dez batalhas até o final do ano e buscaremos a vaga para a Libertadores, sempre de olho no líder. O ano não acabou. Domingo, em Belo Horizonte, enfrentaremos o Cruzeiro. Essa rodada será decisiva para diminuirmos a diferença para o Corinthians e voltarmos com força na parada de 11 dias para as Eliminatórias.

Seguiremos sempre juntos, por um Grêmio cada vez mais Forte, Aguerrido e Bravo!

Felipe Beckel

@felipebeckel

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4 respostas a “Uma quarta-feira para ser esquecida”

  • Beckel. não adianta contar a história do jogo o que nós do prata temos que fazer é cutucar esses caras com vara curta , esticar a corda pois acham que o time é bom e o presidente comete um grande erro em dar aumento a um treinador antes de colher os resultados.
    Tem muita coisa errada no GREMIO, a começar pela escolha dos jogadores. Que oportunidade perderam, alguém tinha que colocar na cabeça do luan que ele pode ser um bom jogador e não é craque, tem que correr ficar ligado no jogo pois a indolência nos fez perder novamente. Vejam o time do fluminense parecia que era o fluminense o VELHO GREMIO com vontade e determinação, vejam a figura e o comportamento do Fred em campo, digno de um líder comandando uma grupo focado e determinado em jogar objetivamente e não com toquinhos laterias. Fecharam os espaços e saíram sempre verticalmente.
    Vejam a nossa zaga por exemplo, um guri inexperiente por falta de opção de um lado e um brucutu do outro, um cara que não salta um palmo do chão.
    Brucutu é brucutu em qualquer lugar, não se machuca e por quebra falha sempre em jogos decisivos.
    Com um brucutu na zaga e um indolente sem sangue na articulação deu no que deu.
    Volto a afirmar precisamos continuar cutucando esses caras e exigir que joguem no limite todo o jogo pois o pior agora é ficar fora da libertadores.
    No mais a volta do Geromel pode nos ajudar em muito, mas volto afirmar precisamos mandar embora os brucutus e contratar urgente um articulador rápido e criativo.
    SALVE GREMIO SALVE GREMIO

  • Concordo com tudo que tu falou mas agora não é hora de bater em ninguém. É hora de apoiar e acreditar no time que temos. Depois, quando acabar o campeonato, poderemos exigir mudanças. Mas não tem o que fazer agora em relação ao time, ao grupo. É esse até o final do Brasileiro…
    Em Dezembro sim devemos exigir uma postura diferente, jogadores mais identificados com o verdadeiro GRÊMIO que nós queremos.
    Infelizmente agora não vejo outra saída: só nos resta apoiar!
    Abração

  • E tenho certeza absoluta que o presidente tem consciência que o grupo é bem limitado e que precisamos de diversos reforços pra 2016: lateral-direito, zagueiro, 1º volante, meia e dois atacantes, NO MÍNIMO. Não apenas de jogadores com maior qualidade, mas que briguem pelo manto. Que tenham noção do que é jogar no Grêmio e tenham CULHÃO.
    Tenho uma lista com vários nomes, inclusive com preço do passe, vigência de contrato e salário.
    Espero que troquem o RC também porque são quase 3 anos e NENHUMA conquista – não existe profissional no MUNDO que siga no mesmo cargo por tanto tempo sem mostrar resultado.
    O Grêmio precisa de alguém que ENTENDA de futebol no cargo que ele ocupa e não alguém que apenas executa o que mandam…o salário é superior aos CEOs das maiores empresas do país.
    Precisamos urgentemente de PROFISSIONALISMO. Pessoas preparadas para assumirem os cargos que o Grêmio tem a disposição!

    Forte abraço e Dalhe Grêmio!

  • Alguém do Prata sabe me dizer se o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense
    ainda é um time gaúcho ?

    Pq o que menos se vê no time (titular) atual, e nos últimos que se
    formou no Olímpico/Arena, são jogadores com sangue farroupilha
    correndo nas veias.

    No atual, por exemplo, só o goleiro é gaúcho.

    Ou seja, um jogador que não precisa correr atrás da bola.

    Não tenho nada contra povos de outros estados ou países.

    Mas não exijam raça de um jogador da Tailândia ou Malásia, pq isso
    não está no DNA deles.

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